O papa Leão XIV celebrou hoje (15), solenidade da Assunção de Nossa Senhora, missa na paróquia de São Tomás de Villanova, em Castel Gandolfo, onde ficará até a próxima terça-feira (19).
Ao deixar a residência papal, uma grande multidão de fiéis o aguardava para saudá-lo com aplausos. A missa foi concelebrada por cerca de vinte sacerdotes, entre eles o bispo de Albano, dom Vincenzo Viva.
A missa teve a presença de fiéis da cidade de Castel Gandolfo e o coral foi composto por cantores de vários corais romanos, tanto da Santa Sé quanto da diocese de Albano.
“Em Maria de Nazaré está a nossa história”
Em sua homilia, proferida em italiano, o papa disse que os fiéis hoje celebram a Páscoa de Jesus de forma diferente, o que muda a história: “Em Maria de Nazaré está a nossa história, está a história da Igreja imersa na humanidade comum”, disse ele.
“Tendo encarnado nela, o Deus da vida, o Deus da liberdade venceu a morte. Sim, hoje contemplamos como Deus vence a morte, sem nunca prescindir de nós”, enfatizou Leão XIV.
Ele lamentou que essa morte, que Jesus esvaziou de poder com o seu “sim”, ainda se espalha “quando as nossas mãos crucificam e os nossos corações estão prisioneiros do medo e da desconfiança”.
“Maria somos nós quando não fugimos”
Depois de dizer que a confiança, o amor e o perdão prevaleceram na cruz, o papa disse que “Maria somos nós quando não fugimos, somos nós quando respondemos com o nosso sim ao seu sim”.
Ele também elogiou o exemplo dos mártires do nosso tempo, cujo “sim” continua vivo e “ainda contraria a morte”. Ele disse que hoje é um dia de alegria e exortou os fiéis a “escolher como e para quem viver”.
“Na terra, todas as histórias, mesmo a da Mãe de Deus, são breves e têm um fim. No entanto, nada se perde. Assim, quando uma vida se encerra, a sua unicidade brilha com mais clareza”, disse Leão XIV.
Refletindo sobre o Evangelho de hoje, no qual são Lucas narra a visita de Nossa Senhora à sua prima santa Isabel, o papa disse que “a surpreendente fecundidade da estéril Isabel confirmou Maria na sua confiança: antecipou a fecundidade do seu sim, que se prolonga na fecundidade da Igreja e de toda a humanidade, quando a Palavra renovadora de Deus é acolhida”.
“Assim”, disse Leão XIV, “a Ressurreição entra também hoje no nosso mundo”. “As palavras e as escolhas de morte parecem prevalecer, mas a vida de Deus interrompe o desespero através de experiências concretas de fraternidade e de novos gestos de solidariedade”.
“O cântico de Maria, o seu Magnificat, fortalece na esperança os humildes, os famintos, os dedicados servos de Deus”, disse o papa.
Leão XIV disse que quando nascem os vínculos através dos quais “opomos o bem ao mal” e a morte com a vida, “então vemos que com Deus nada é impossível”.
“Às vezes, infelizmente, onde prevalecem as seguranças humanas, com um certo bem-estar material e a acomodação que adormece as consciências, a fé pode envelhecer. É então que surge a morte, sob a forma de resignação e lamentação, nostalgia e insegurança”, disse o papa.
Fonte: ACI Digital