A unidade na Igreja Católica “é alimentada pelo perdão e pela confiança mútua”, disse o papa Leão XIV na oração do Ângelus na praça de São Pedro, hoje (29) dia de são Pedro e são Paulo. “A começar por nossas famílias e nossas comunidades. Se Jesus confia em nós, nós também podemos confiar uns nos outros, em seu Nome”, disse o Pontífice, que também estendeu esse apelo à unidade a todas as confissões cristãs.
“Hoje é a grande festa da Igreja de Roma, gerada pelo testemunho dos apóstolos Pedro e Paulo e fecundada pelo sangue deles e de muitos outros mártires”, disse. “Em todo o mundo há cristãos que o Evangelho torna generosos e audazes, mesmo ao preço da própria vida”.
Segundo o papa, essa dedicação compartilhada gera uma “unidade profunda e invisível entre as Igrejas cristãs” que ele chamou de “ecumenismo de sangue”.
Em seu discurso durante a oração mariana, Leão XIV reafirmou: “‘Meu serviço episcopal é um serviço à unidade, e a Igreja de Roma está comprometida, pelo sangue de são Pedro e são Paulo, a servir à comunhão entre todas as Igrejas'”.
Citando o Evangelho, ele comentou que “a pedra, da qual Pedro também recebe seu nome, é Cristo. Uma pedra descartada pelos homens e da qual Deus fez a pedra angular”. As basílicas de São Pedro e São Paulo, destacou, estão localizadas “fora dos muros”, o que expressa que “o que nos parece grande e glorioso, foi anteriormente descartado e expulso, porque estava em contraste com a mentalidade mundana”. Nesse sentido, ele convidou a seguir “o caminho das bem-aventuranças”, onde a pobreza de espírito, a mansidão, a misericórdia e o desejo de justiça muitas vezes encontram “oposição e até perseguição”. No entanto, afirmou, “a glória de Deus brilha em seus amigos e, ao longo do caminho, Ele os molda, de conversão em conversão”.
O papa encorajou todos a descobrir que “nós também podemos viver de conversão em conversão”. O Novo Testamento, lembrou ele, não esconde os erros e pecados dos apóstolos, “porque a grandeza deles foi moldada pelo perdão”. Jesus, disse ele, “nunca chama apenas uma vez. É por isso que sempre podemos ter esperança, como o Jubileu também nos lembra”.
Após o Angelus, o papa Leão XIV expressou “um pensamento cheio de afeto aos párocos e a todos os sacerdotes que trabalham nas paróquias romanas, com gratidão e encorajamento por seu serviço”.
Fonte: ACI Digital
Créditos da Foto: Daniel Ibáñez – EWTN