Papa Leão XIV canoniza sete novos santos neste domingo (19)

Papa Leão XIV canoniza sete novos santos neste domingo (19)

Em uma solene celebração neste domingo (19), o papa Leão XIV proclamou a santidade de sete novos membros da Igreja Católica: Maria Troncatti, Vicenta Maria Poloni, José Gregorio Hernández, Bartolo Longo, monsenhor Ignatius Maloyan, Pedro To Rot e Maria del Monte Carmelo Rendiles Martínez. A seguir, conheça a história e a fé que marcaram a vida de cada um deles.

Maria Troncatti

Nascida em Brescia, na Itália, em 1883, a freira salesiana Maria Troncatti atuou como enfermeira da Cruz Vermelha durante a Primeira Guerra Mundial e, depois, como missionária no leste do Equador. Sua missão foi marcada pela dedicação à reconciliação entre colonos e povos indígenas.

O milagre reconhecido para sua canonização envolveu a cura inexplicável de um agricultor equatoriano que, após sofrer uma grave fratura no crânio e perder a fala e os movimentos, sonhou com Maria Troncatti. No sonho, ela lhe assegurou que seria curado. Ao despertar, o homem estava completamente recuperado.

Vicenta Maria Poloni

Fundadora do Instituto das Irmãs da Misericórdia, a italiana Vicenta Maria Poloni, nascida em Verona em 1802, dedicou a vida ao cuidado dos doentes e marginalizados. Faleceu em 1855, reconhecida por sua caridade e santidade.

O milagre que permitiu sua canonização foi a cura de Audelia Parra, uma mulher chilena que sobreviveu a uma hemorragia gravíssima durante uma cirurgia, contrariando todos os prognósticos médicos. O caso foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé em janeiro deste ano.

José Gregorio Hernández Cisneros

Chamado de “o médico dos pobres”, o venezuelano José Gregorio Hernández nasceu em 1864, em Isnotú. Médico e profundo cristão, dedicou-se a cuidar dos enfermos mais humildes. Morreu em 1919, atropelado quando saía para comprar remédios para uma idosa necessitada.

Seu primeiro milagre reconhecido foi a recuperação de Yaxury Solórzano, uma menina que sobreviveu a um tiro na cabeça em 2017 sem sequelas. Em fevereiro deste ano, o decreto de canonização foi publicado, tornando-o o primeiro santo da Venezuela, mesmo sem a necessidade de um segundo milagre.

Bartolo Longo

Antigo advogado e leigo italiano, Bartolo Longo é conhecido por ter fundado o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia. Após abandonar o espiritismo e práticas ocultas, converteu-se profundamente ao catolicismo, tornando-se um fervoroso promotor do Santo Rosário e defensor dos pobres.

A canonização de Longo foi aprovada em fevereiro, com dispensa da exigência de um milagre, em reconhecimento à sua vida de fé e serviço.

Monsenhor Ignatius Maloyan

O armênio Ignatius Maloyan, nascido em 1869 na atual Turquia, foi arcebispo da eparquia católica de Amida. Durante o genocídio armênio, recusou-se a renunciar à fé católica e a se converter ao islamismo. Por essa fidelidade, foi martirizado em 1915.

Reconhecido como mártir, sua canonização foi aprovada em março, sem a exigência de milagre.

Pedro To Rot

Natural de Papua-Nova Guiné, Pedro To Rot nasceu em 1912 e foi catequista e pai de família. Durante a ocupação japonesa, quando os missionários foram expulsos, assumiu a liderança espiritual da comunidade e defendeu o valor cristão do matrimônio, enfrentando a imposição da poligamia.

Por sua firmeza na fé, foi preso e morto em 1945, aos 33 anos. Em março deste ano, foi declarado santo, sendo o primeiro da Papua-Nova Guiné.

Maria del Monte Carmelo Rendiles Martínez

Mais conhecida como madre Carmen Rendiles, nasceu em Caracas, em 1903. Fundou a Congregação das Servas de Jesus, aprovada oficialmente pela Santa Sé em 1965. Faleceu em 1977, deixando um legado de fé e serviço.

O primeiro milagre reconhecido foi a cura imediata de um médico venezuelano em 2003. O segundo, que abriu caminho à canonização, foi a recuperação inexplicável de uma jovem com hidrocefalia triventricular em 2018. Ela é reconhecida como a primeira santa venezuelana.

Ana Néri

Rádio Alvorada

(Com informações do Vatican News)

Créditos da Imagem: Portal Vatican News