Igreja celebra Protomártires do Brasil nesta quinta-feira
Assassinados por ódio à fé em 1645, André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus 27 companheiros foram canonizados pelo Papa Francisco
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Nesta quinta-feira, 3, a Igreja comemora os Protomártires do Brasil. André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, e Mateus Moreira e seus 27 companheiros leigos foram canonizados pelo Papa Francisco após terem seu martírio reconhecido.
Eles foram mortos em 1645, em dois massacres promovidos por holandeses que ocupavam o nordeste do Brasil após invasão realizada por volta de 1630 e por alguns indígenas da região. Os invasores, de confissão calvinista, provocaram um forte conflito na região, primeiramente de forma pacífica e depois promovendo perseguições.
Relato dos martírios
O primeiro momento de martírio aconteceu em 16 de julho de 1645. Em Cunhaú (RN), o padre André de Soveral celebrava a Missa na capela da região quando soldados holandeses, acompanhados por indígenas das tribos Tapuias e Potiguari, invadiram o local e atacaram os fiéis.
Obrigado a interromper a celebração, o sacerdote conseguiu entoar as orações dos moribundos com os fiéis. Todos morreram pela espada, exceto cinco fiéis portugueses que foram feitos reféns. Dos mortos de Cunhaú só se sabe os nomes do pároco e do leigo Domingo Carvalho.
Pouco tempo depois, em 3 de outubro, aconteceu um segundo momento de martírio. Tomados pelo terror do que acontecera em Cunhaú, fiéis de Natal (RN) tentaram se esconder, mas foram presos. Posteriormente, foram transferidos juntamente com o pároco Ambrósio Francisco Ferro para Uruaçu (RN), onde os esperavam soldados holandeses e cerca de 200 indígenas. O padre e os fiéis foram torturados e deixados para morrer em meio a mutilações desumanas.
Dos numerosos fiéis mortos por causa da fé nos dois massacres e para os quais se manifestou a reputação de martírio, apenas 30 puderam ser identificados com certeza. Estes foram beatificados pelo então Papa João Paulo II em 5 de março de 2000 e posteriormente canonizados pelo Papa Francisco em 15 de outubro de 2017.
“Até ao fim”
Na cerimônia de canonização, que também elevou à honra dos altares outros três mártires do continente americano, o Pontífice destacou que “esta é a vida cristã: uma história de amor com Deus, na qual quem toma gratuitamente a iniciativa é o Senhor”. Não basta responder ao convite do Senhor, observou o Santo Padre, é preciso “vestir o hábito do amor vivido a cada dia, praticando a vontade de Deus”.
“Os santos canonizados hoje, sobretudo os numerosos mártires, indicam-nos esta estrada. Eles não disseram sim ao amor com palavras e por um certo tempo, mas com a vida e até ao fim. O seu hábito diário foi o amor de Jesus, aquele amor louco que nos amou até ao fim, que deixou o seu perdão e as suas vestes a quem O crucificava”, expressou ainda Francisco.
Fonte: CN Notícias